domingo, 1 de março de 2020

A tua paixão é o teu guia


No Sistema de chacras, nós temos na verdade 22 chakras, mas damos ênfase somente a 7. 

Isto é porque vivemos numa sociedade voltada para o físico, para o material, não nos ensinam que somos mente, corpo e espírito. Os 7 chackras a que damos maior importância, são pontos de energia que podemos situar no nosso corpo. Os restantes pairam no nosso corpo sutil, ou energético, que vai muito mais além do que o nosso corpo físico, mas é nosso. O nosso corpo energético é grande o suficiente para interferir com o corpo energético de outra pessoa ao lado de nós e assim as nossas energias influenciam-se umas às outras.

Porque é importante termos noção de que não somos somente corpo? Porque tendo essa noção somos capazes de nos autoanalisar mais profundamente, nos ouvir melhor e nos guiar melhor. Mesmo dentro do sistema de chakras que reconhecemos, temos que fazer uma mudança na nossa mentalidade e reconhecer que para além do sistema digestivo, nervoso, urinário, circulatório, respiratório que nos foram ensinados na escola, nós temos também o sistema energético, que é este composto por chackras que estão no nosso corpo. O mau funcionamento desse sistema, causa-nos desequilíbrios físicos e mentais.

Um dos chakras com que a sociedade atual tem grandes problemas é o chakra raíz, Muladhara, que fica na base da coluna, no cóccix. Já se sentiram ansiosos? É difícil desapegarem de alguém ou alguma coisa? Já sentiram medo da liberdade? Já se notaram demasiado exigentes, possessivos ou controladores? Ciumentos ou constantemente chateados? Todos estes são sinais de um chacra raíz desequilibrado, ou com falta de energia, ou com demasiada energia. O nosso chacra raíz equilibrado é o que nos dá a sensação de segurança, de solidez, de harmonia, de vermos o lado bom de tudo, nos dá adaptabilidade, simpatia, de estarmos a viver o nosso propósito e de estarmos a disfrutar daquilo que fazemos.

Quando estamos a falar da nossa vocação, estamos a falar de estarmos certos daquilo que queremos fazer para o resto da nossa vida. E como é que fazemos para estarmos certos disso? Quando somos mais novos somos indicados pelos mais velhos a fazer aquilo que de fora para dentro nos dá “segurança, estabilidade financeira”, porque realmente o dinheiro é importante. Mas e se pudéssemos saber usar a nossa criatividade (e todo o ser humano nasce criativo, se não nunca teríamos conseguido ser crianças) para fazer daquilo que é o nosso talento nato, a nossa paixão, o nosso ganha-pão? Sabendo usar a adaptabilidade que nos provê um muladhara chakra equilibrado.

Já viram a auto-confiança que é necessária para seguirmos em frente com os nossos sonhos? São muitas inseguranças à nossa volta, de outras pessoas que não tiveram a coragem de seguir os seus sonhos- os corpos sutis delas esbarram nos nossos-, que nos dizem que não conseguiremos e nos põem para baixo. Essas pessoas não são haters… São simplesmente pessoas inseguras, com um Muladhara desequilibrado. Somos muitos nessa situação no mundo. Durante a nossa vida ele se vai desequilibrar várias vezes, por isso temos que constantemente cuidar dele.

Ao escolher a nossa vocação devemos olhar para dentro de nós. Qual é o nosso sonho? Que atividade é que nos faz sentir paixão por ela? É exatamente por aí que temos que começar. Temos que dar ouvido a essa voz interior, porque ela nos guia, para onde devemos ir. Oprah diz “ O Universo fala por sussurros”.

Cada ser humano procura o seu propósito de vida neste munto. Todos procuramos! Quem nos poderá dizer qual o nosso propósito senão nós mesmos? A resposta está sempre dentro de nós. Por isso é preciso ir para dentro e autoanalisar a mente, e as emoções. A mente vai nos dar uma palavra e as emoções vão nos dar a confirmação de se aquilo é bom para nós ou não. É assim que escolhemos o que quer que seja…. Vemos algo concreto e depois decidimos com base em como aquilo nos faz sentir, se é isso ou não. Podemos dizer que as emoções nos levam por caminhos de entusiasmo e depois nos damos mal. Ainda temos mente. A emoção ajuda a saber o que é para nós e o que não é. A mente vai nos assentar e ajudar a planear o melhor caminho para juntar o útil ao agradável.

Eu estudei dança… Expressão corporal
Fui estudar teatro depois… Concedeu oralidade
Entretanto sempre babei ao ver uma mulher grávida, sempre quis estar lá na hora H do nascimento da criança dela, para lhe dar amor. Só dar amor. Sempre me fascinou o sistema sexual e reprodutivo feminino, e a forma natural como as coisas se dão. Até que fui dar num livro….

Ao fim e ao cabo tudo o que estudei antes, que eram tudo paixões, e que vocês podem dizer que não me levaram a lugar nenhum porque não me licenciei. Mas elas deram-me exatamente as ferramentas necessárias para eu estar aqui hoje a falar para vocês. O eu ter chegado aqui não foi coincidência. E apesar de eu não ter completado nenhuma das minhas licenciaturas, eu estudei exatamente aquilo que me seria necessário para estar aqui hoje. Sem nunca me ter passado pela cabeça lá atrás que algum dia eu disfrutaria de estar aqui de pé a conversar com vocês desta forma, e que estaria a sentir que assim estava a cumprir com o meu propósito de vida.

 É assim que o universo misteriosamente nos leva pelos caminhos da concretização do nosso propósito de vida. Muitas vezes parece que falhámos, aqui e ali, em lugares que pareciam crucias, mas não… Estamos a trilhar no nosso caminho! Prova e erro é um processo de aprendizado.
Trabalhar no meu Muladhara chackra ajuda-me a ter a solidez e segurança para enfrentar as mudanças que as decisões que tomo trazem, e muitas das minhas decisões requerem começar do zero. O que é uma coisa assustadora para muitos de nós. Mas eu não sei contar quantas vezes já comecei do zero.

Então, na vossa caminhada, quando estiverem com a vossa paixão a gritar por ação, porque é o vosso propósito na terra, estão aqui para isso, não desperdicem uma vida sem o cumprir. Busquem a vossa voz interior, usem a vossa emoção para decidir o que é para vocês e o que não é e fortaleçam o vosso chacra raíz para de dentro para fora vocês terem a estabilidade e segurança necessárias para enfrentar os desafios da transformação da vossa vida.

Estamos juntos, eu mesma ainda não cheguei aonde quero chegar, estamos todos na mesma caminhada. Em vez de projetarmos as nossas inseguranças naqueles que estão a tentar cumprir o seu propósito no mundo, vamos ser perseverantes e ajudar-nos uns aos outros a crescer!

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